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Pessoas & Palavras no LEME PwC da Economia do Mar

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…“Falo como marinheiro”, “o mar vai virar um faroeste”, “a China veio para ficar”, “a UE não tem geoestratégia nesta cascata de colapsos”, “os Russos podem falir”, “números não mentem, o mar cresce para dentro de Portugal”

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Por Luís Peazê

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LISBOA, PAVILHÃO DO CONHECIMENTO 10/01/2019: Se você pensava que a Economia do Mar era apenas uma retórica, prenda a respiração pois o mundo acaba de mergulhar num futuro tão palpável e revelador quanto é o fato de se ter descoberto que há sim, seres vivos a mais de 1.000 metros de profundidade, indiferentes à fotossíntese e ainda por conhecermos completamente. Imagine os recursos de sustentabilidade que esse novo mundo oferece até o fundo a dez quilómetros em certos lugares marinhos do globo. Mas isso não aconteceu na atual “cascata de colapsos sócio-econômicos”, isto é, na velocidade de um clique, como tudo parece acontecer hoje em dia. Se assim o fosse, pelo menos em Portugal, a terra dos “descobrimentos”, o seu Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro, não faria a abertura do painel de apresentação dos dados levantados da 9ª edição do LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar (Portugal) e 4ª edição de "Circum-navegação: LEME Mundo; um trabalho minucioso de economia aplicada do economista Miguel Marques da PwC Portugal, realizado, portanto, pacientemente ao longo da última década.

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“Falo como marinheiro”

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Poucos sabem disso, porque não aparece na mídia manchetes em letras garrafais, mas, sob o manto das Nações Unidas (ONU) e União Européia (UE), soldados portugueses estão no momento participando de missões de contenção de conflitos armados na República Centro Africana (RCA) fomentados por uma tragédia humanitária, ameaça iminente de guerra civil, que se arrasta por mais de cinco anos, chamada de “guerra esquecida”. Pois, com tamanha responsabilidade sobre os ombros, o Almirante António Silva Ribeiro dedicou preciosa meia hora para abrir o evento no Pavilhão do Conhecimento, Ciência Viva, em Lisboa (10/01/2019), dada a importância do tema para a “saúde física” do país Portugal.

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Mais relevante ainda soa a presença da mais alta patente da hierarquia das três forças armadas portuguesas (terra – ar – mar) em tal evento quando o homem, não o militar, assim escolhe apresentar-se ( - falo como marinheiro, não como militar – fez questão de enfatizar declarando paixão por ser português e pelo mar), aos presentes, mais de uma centena de representantes da nata de experts em Economia do Mar, entre os quais acadêmicos, empresários e dirigentes de instituições afins de relevo internacional.

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– Pouco? O Almirante António Silva Ribeiro é académico especializado nas áreas de Estratégia, Ciência Política e História. Atualmente leciona e supervisiona investigações em algumas das principais Universidades e Centros de Investigação de Portugal. Autor de uma extensa obra publicada. Com tamanhas credenciais e afinidade visceral com Portugal e as coisas do mar, em especial a sua geoestratégia, ao discorrer sobre a importância da Economia do Mar elencou os desafios de Portugal para ocupar, no sentido de aproveitar no mais amplo sentido, os seus domínios marítimos que são 97% do seu território; neste sentido, se pudermos resumir numa linha a densa mesmo que compacta palestra do Almirante, Portugal precisa priorizar a sua geoestratégica voltada para o uso, usufruto e manejo do mar, incluindo o incentivo à investigação científica inclusive no âmbito da filosofia e, em especial, das ciências sociais e políticas. Em dado momento, o Almirante fez uma pausa crítica e disparou uma pergunta retórica aos presentes: “qual é a última grande obra publicada sobre o mar em Portugal?” e respondeu com grave olhar: - eu tenho dificuldade de encontrar uma grande obra sobre o mar publicada nas últimas décadas em Portugal. Disse ele que um problema que se arrasta há décadas entre os portugueses é o despavimento da “nossa” mentalidade marítima, que é preciso, fundamental, resgatar para os portugueses a sua identidade marítima. Por fim, destacou a importância da abordagem científica transdisciplinar na análise geoestratégica do mar, essencial para formar profissionais completos com o saber necessário para tomarem decisões quanto as atividades marítimas dos setores públicos e privados. A sua fala pode ser ser ouvida aqui >>>

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“o mar vai virar um faroeste” 

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Este observador é suspeito para o comentário a seguir, pois vive o ambiente marinho como a própria razão mesma de viver, mas se você ainda é capaz de se apaixonar, se é possível algo lhe provocar desejo, se você ainda não tornou-se um robô, imagine a poesia que há ouvir um militar da mais alta patente falar de paixão, em uma sala, e, em outra, um Doutor em Geofísica apaixonado brandir sua bandeira pedindo socorro com a frase “o mar vai virar um faroeste” se não agirmos agora. Era o Prof. Miguel Miranda, presidente do IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, dividindo uma mesa redonda com Aldino Campos (ONU) e o Contra-Almirante Carlos Ventura Soares (Diretor Geral do IH); este e mais dois workshops antecederam o painel do LEME, realizados em salas menores do Pavilhão do Conhecimento, superlotadas por “pessoas” entusiasmadas com a palavra “mar”. Enquanto já ensaiamos o epílogo da geração dos “millennials”, este editor mediu com um espectrofotômetro visual a cor dos cabelos dos presentes e pode afirmar: a média dos presentes beirava os cinquenta e sessenta anos de idade.

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“os Russos podem falir”, “a China veio para ficar” porque “a UE não tem geoestratégia nesta cascata de colapsos”

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Após as palavras de boas-vindas do “culpado principal” do evento, Miguel Marques, que leu um texto enviado por José Bernardo, Presidente da PwC Global, impossibilitado de comparecer pessoalmente, seguido pela Professora Ana Noronha do Pavilhão do Conhecimento, e Dr. Rui Azevedo representando António Nogueira Leite, presidente do Fórum Oceano, Antônio Saraiva, presidente da CIP -  Confederação Empresarial de Portugal, relatou as observações do Observatório da Cooperação na Economia do Mar nascido no âmbito da 5ª edição do projeto de responsabilidade social LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar (Dezembro 2014); ali um inquérito realizado a 50 gestores de topo e personalidades relacionadas com a economia do mar revelou que, sendo unânime a importância da cooperação no desenvolvimento das atividades do mar, uma larga maioria dos inquiridos considera que o grau de cooperação é baixo. Dada a importância fundamental deste tema para a valorização do mar em Portugal e no Mundo, e tendo em conta as evidências apuradas, a PwC decidiu propor a António Saraiva a criação de um grupo de trabalho informal denominado Observatório da Cooperação na Economia do Mar. Assim, a CIP via Observatório da Cooperação na Economia do Mar vem emitindo semestralmente mensagens construtivas no sentido do fomento da cooperação nas atividades do mar.

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Contudo, isto é, com todo esse esforço percebido até aqui, e, apesar dos números surpreendentemente positivos no horizonte de Portugal, objetivo principal do evento – apresentados por Miguel Marques – os desafios continuam herculanos para a Economia do Mar exercer protagonismo internacional e três poltronas foram ocupadas por analistas de peso, para justificarem o status quo da Geoestratégica Marítima num Mundo Globalizado:

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- o Jornalista, historiador e especialista em Russia e suas vizinhanças José Milhazes, original de Póvoa de Varzim cuja sinceridade típica do “poveiro” e bom humor foi o comic relief do painel, mas, com seriedade cravou: “se continuarem a aceitar Putin, os russos podem falir”, e desafiou a platéia a encontrar um telemóvel russo no mercado, “eles não inventam mais nada, ou se inventam, como no passado, não industrializam ou não distribuem para o resto do mundo, porque é proibido criar na Rússia de Putin”;

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- a Professora Doutora Andrea Valente do ISCSP – Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa, que discorreu sobre a complexidade e planeamento de longo prazo dos chineses, dos seus desenvolvimentos voltados para o futuro, das sua proliferação pelos portos do mundo, na construção naval, no transporte de carga, no investimento chinês na “interconectividade” e de como o mundo pode e deve aprender com a China, concluindo que “a China veio para ficar”;

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- e, António Costa e Silva, CEO da Partex Oil & Gas, com a lucidez característica de quem tem a responsabilidade de um “leme” deste porte, voltado para resultados verdadeiros, na prática, desembarcou no auditório uma visão de mundo de macro economia contextualizada com episódios pontuais, sócios-políticos-econômicos atuais, como poucas pessoas podem fazê-lo; algumas de suas expressões merecem ser coladas na parede para contemplação, se de fato Portugal quiser resgatar a sua identidade marítima, ocupar mesmo o seu território marinho (97% da área do país) e usufruir dos recursos do mar, em suma, matar a fome do presente português e decolar economicamente para o futuro:

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“O mar é o maior ativo do nosso planeta terra,  a gestão correta do mar vai salvar o planeta das questões climáticas, vai trilhar, como disse o Miguel Marques, uma plataforma comercial pacificadora; uma imensa plataforma comercial porque 90% do comércio mundial é pelo mar; o mar é uma fábrica escondida de energia; há uma cascata de colapsos em curso, o Iraque, a Líbia e a Síria são os melhores exemplos, de fracasso; Portugal pode evitá-lo; o exemplo da China... de planejamento a logo prazo... Atualmente as políticas no mundo de um modo geral tem sido feitas visando apenas a próxima eleição…”

 

“números não mentem, o mar cresce para dentro de Portugal”

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Tudo isso era para falar de números. Miguel Marques, consultor de economia do seleto time de globetrotters da PriceWaterHouse & Cooper, PcW, seu “partner” no Capítulo Portugal, acredite, dentre as suas tarefas na PwC desenvolve este trabalho carimbado como LEME, o barómetro da Economia do Mar e o LEME Circum-Navegação, a Economia no Mar no mundo, ambos inspiradores de um terceiro com o nome na testa de “Bússola”, tudo isso distribuído gratuitamente para estudantes, empresários e público em geral. O LEME é um acompanhamento e depuração dos números da Economia do Mar, como o nome mesmo sugere, procura orientar com a realidade matemática, contextualizada com os conflitos e desafios de Portugal e de vários países do mundo, apontar um rumo e oportunizar “a saída” pelo mar; enquanto a Bússola são análises pontuais através de gráficos dos vários setores produtivos da Economia do Mar para sinalizar as direções a navegar.

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Aos números, que não mentem (em breve integralmente disponíveis online): em seu preâmbulo para discorrer sobre “o valor do mar” e apresentar os resultados numéricos, Miguel Marques chamou a atenção para um dado subjetivo mas crucial: “na economia do mar não só é importante ter o saber científico fundamental, como dito pelo Sr. Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas Almirante Antonio Silva Ribeiro aqui presente, mas também o conhecimento de quem está no terreno (no chão de fábrica)…”; de seguida realçou a importância da cooperação de todos os atores deste cenário e o trabalho importante do Observatório da Cooperação na Economia do Mar; (…) “a Economia do Mar nos últimos anos tem crescido mais do que a economia tradicional…”; “falta um discurso não só conservacionista, mas positivista do empresariado, que distinga ´quem faz melhor´, quem ´faz bem´, como se sabe, quando isso acontece outros empresários os seguem…”

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  • A Comissão Européia diz que na União Européia a economia em geral no período de 2009 a 2016 cresce 20%, mas diz que a Economia do Mar só 10% -- estranhamos que com a existência de um política integrada, se é para fazer, é para fazer melhor do que o geral”, “nos gráficos da União Européia Portugal fica (ao largo) de lado…”, “a Europa não está a tirar as oportunidades do mar que tem”;

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  • A economia de Portugal no período de 2009 a 2016 cresce 3,5%, …não dá nem 1% ao ano; e o Mar cresce 27%; relativamente a 2018 o crescimento de Portugal convergirá com a UE com 3,3% contra 3,8% (a economia do mundo gira em torno de 4%), a partir daí continuará com a histórica divergência da União Européia a crescer menos, 1,5% é pouco”;

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  • Analisando os quatro documentos juntos; o LEME Mundo, o LEME Portugal, a Bússola Mundo e Portugal, o primeiro indicador é o registo de navios no mundo, temos pela primeira vez Portugal ocupando um lugar no topo, entrando na arena internacional com força:

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  • “calculamos a taxas médias de crescimento dos últimos cinco anos, porque chegamos à conclusão que no mar cinco anos é o curto prazo equivalente a um ano em terra”; em Portugal há um crescimento exponencial de 40% da tonelagem;

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  • Uma variável importante é a de deter a frota; não significa deter o nome do navio ou ser proprietário do navio, é orientar a sua operação, dizer para onde vai, fazer o quê; a Grécia é um exemplo, não é ser grande em número de pessoas, como é possível um país conviver com tantas dificuldades e ser o número um e sólido; a Alemanha por exemplo é grande neste particular mas está a perder terreno; e o maior mérito da Grécia é o seu eficiente network; os Gregos conseguem manter a margem, mesmo comprando e vendendo seus navios;

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  • Outra variável é a dependência do comércio internacional do transporte marítimo internacional e o melhor fórum mundial para resolver os problemas do crescimento da economia chama-se Organização Mundial do Comércio (OMC), nos últimos 24 meses o problema está sobre a mesa mas continua solto, sem decisões (à deriva), criando  uma instabilidade entre os tomadores de decisão nos diversos países membros; novamente, a Cooperação é fundamental;

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  • De 1980 até 2010 o crescimento embora com problemas é mais acentuado parece ser de 2014 a 2018; ou seja, o registo global não está a crescer, o comércio não vai crescer como crescia;

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  • Entre 2006 e 2016 o comércio marítimo na Ásia tinha cerca de 48% de importância e 2016 passa para 60%; a América perde de 19% para 14% e a Europa perde muito, de 27% para 20%, e essa é a tendência segundo diz a Bússola nas taxas de crescimento; se nada fizermos a inércia será para o agravamento da desproporção;

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  • Relativamente à questão dos portos um indicador fala dos dez maiores portos; 7 deles são da República Popular da China; em dez anos a China tomou o controle da economia do mar, só não tem ainda o controle sobre a fileira do turismo e da energia;

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  • Em Portugal a questão do transporte marítimo os portos tem sido um motor e uma pérola da nossa economia do mar; se a Comissão Européia diz que a economia do mar cresce mais do que a economia geral em parte devemos ao bom trabalho dos gestores portuários; temos variáveis de crescimento de mercadorias, de contentores, etc;

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  • A construção naval nos últimos anos reergueu-se do chão e passa a crescer;

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  • O que está acontecendo em Portugal? Ou a construção naval tem a síndrome do oposto, quando os outros crescem ela definha, quando os outros definham ela cresce; nossa construção naval está a divergir com um crescimento médio de 17%; boas notícias.

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  • Outro número paradoxal, fruto de observação empírica: há três forças militares no mundo, os EUA, a Russia e a China; na economia temos os EUA e a China, mas no bem estar temos claramente a Europa que em geral na média é o sítio em que melhor se vive no mundo, temos o Canadá e o nosso Portugal; temos aqui uma mesa com dois ou três players em situações importantes; por outro lado aparecem no mapa do desmantelamento de navios apenas a China e Índia, não parece estranho que paradoxalmente a Europa possa estar criando um jardim sobre si mesma e criando poluição fora desse jardim?

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  • Relativamente à energia (os números dariam duas ou três conferências isoladas) mas a energia eólica deve ser citada por crescer 30% ao ano mundialmente; a China está em terceiro lugar e provavelmente chegará ao primeiro; isso mostra que a Ásia já está no futuro, fazendo as coisas fora do tradicional; segundo o Barómetro Portugal é zero neste vetor da economia;

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  • A energia tradicional do petróleo & gás, muito se tem falado contra ela, mas  não se pode esquecer que muito do conforto atual foi construído a partir dela; neste caso o mapa geopolítico desta energia no mar tem uma língua, a dos países da CPLP; mas como o custo do barril continua abaixo dos 100 dólares não refletiu ainda nestas economias, além de outros fatores;

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  • A pesca, apesar das restrições e discursos conservacionistas e conflitantes, continua estável em termos de capturas de pescado; novamente a China com 20% do mundo, incluindo os EUA com relevante índice de pesca; no caso da aquicultura o crescimento é sólido de 5% ao ano e vai em breve ultrapassar a pesca tradicional, ainda apenas um nicho em alguns países;

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  • Uma projeção futurística de comparação, daqui a 100 anos se olharmos para um museu da marinha, a sala dos cruzeiros e surf será muito maior do que a sala da pesca; a população não está a crescer e há dois fatores que pressionam o aumento da procura neste setor, uma é o crescimento absoluto, outro é o crescimento do rendimento médio; o que percebemos é que o valor do pescado tenderá a aumentar sempre e drasticamente, como a proteína alimentar do mar é um bem considerado o pão, podem haver tensões sociais que já se começa a notar neste contexto;

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  • Relativamente ao turismo, uma das jóias da economia do mar de Portugal; no mundo o número de passageiros está a crescer sustentavelmente a 5%; Portugal tem uma localização privilegiada, próximo do Caribe, do Mediterrâneo e do norte da Europa, exposto a um tráfego sazonal; uma indústria que tem 50% de americanos; uma indústria muito sensível a eventos ambientais e de segurança, qualquer evento negativo pode afetar o seu crescimento;  em Portugal ainda temos o viés fluvial, este  com um crescimento exponencial de 30% ao ano; identificou-se um aumento anual consistente durante o ano de check-in em portos e marinas neste sentido, incluindo na análise a rede hospedeira, estadias costeiras em Portugal, portanto uma expressiva fileira da economia do mar, a do turismo e entretenimento;

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  • Relativamente a dados negativos é a preparação do capital humano, não estamos a fazê-lo nos estabelecimentos de ensino tradicionais;

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  • Quanto à segurança no mar, dado que a economia tem impacto no arsenal de segurança e vice-versa, ataques, sinistros e delinquências no ambiente marinho já aparecem em estatísticas com significado substancial; neste particular os EUA e Russia aparecem no topo em termos de frota e poderio; o LEME compilou números de navios por países, e a exemplo da aeronáutica tempo de deslocamento por navios da marinha; um dado significante dentro da economia do mar, assim como o monitoramento da qualidade da água do mar, onde Portugal aparece com os melhores índices da Europa;

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  • Ouça a síntese do questionário realizado no âmbito do LEME para identificar as potencialidades da economia do mar em Portugal (Últimos 5 minutos da apresentação de Miguel Marques ) >>>            

 

 

 

Pessoas & Palavras deixa uma pergunta em aberto, seguindo a tendência dos textos líquidos que flutuam na grande rede via Internet, para posteriormente serem "atualizados"; sobre um tema que não foi contemplado nos painéis do LEME: como se sabe, e isto foi mencionado em outro contexto por oradores do evento, a profusão de cabos submarinhos existentes no território marinho de Portugal é imensa; a comunicação, tráfego, de dados por esses cabos é sabidamente muito mais eficiente do que via satélite, por razões econômicas e tecnológicas; a pergunta é: por que ainda não se especulou a monetização geoeconômica dessas avenidas de riqueza? Como fazê-lo?

 

Considerando o imenso tráfego de dados e todo o resto da produtividade da economia do mar (i.e. navios, cargas, passageiros, pesca, usufruto, etc), é o momento da criação da Moeda do Mar; um percentual de "moeda binária do mar" (na forma de VOUCHER); os supermercados há muito tempo já utilizam "cupons", os "bits" financeiros já são uma realidade; a Moeda do Mar MM$ terá a força de valor agregado; um valor onipresente do ambiente marinho; a sua própria propaganda de disseminação e realimentação de sua importância planetária.

LEME 2019 - Almirante Antonio Silva Ribeiro
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Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante António Silva Ribeiro

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Miguel Marques, PwC - Portugal, Professora Ana Noronha do Pavilhão do Conhecimento, e Dr. Rui Azevedo representando António Nogueira Leite, presidente do Fórum Oceano

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Workshop Prof. Miguel Miranda, presidente do IPMA – Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Aldino Campos (ONU), Contra-Almirante Carlos Ventura Soares (Diretor Geral do IH)

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Coffeebreak Hospitality

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Painel sobre Geoestratégica Marítima num Mundo Globalizado: moderador Miguel Marques, Dra. Andrea Valente (ISCSP Univ. Llisboa) e Dr. António Costa e Silva CEO Partex Oil & Gas, Jornalista José Milhazes

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Pessoas & Palavras e Dr. Antonio Costa e Silva CEO Partex Oil & Gas

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Pessoas & Palavras Prof. Dr. Miguel Miranda Presidente do IPMA - Instituto Português do Mar e Atmosfera

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Marise Agualuza serviço de hospitality.

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Pessoas & Palavras e Marina Tojeira - Marketing & Comunicação PwC Portugal

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Vitor Santos - Serviço de Hospitality

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Degustação frutos do mar, cortesia DocaPesca

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Vitor Santos - serviço de hospitality

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Antonio Saraiva, Presidente da CIP - Confederação Empresarial de Portugal, Observatório da Cooperação para a Economia do Mar 

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José Carlos Lopes - Investment Advisor e Paulo Sarmento, Coach do Centro de Formação Desportiva Náutica, Porto 

LEME PwC 2019 - Miguel Marques PwC
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Daniela Martins - Eventos & Logística do Pavilhão do Conhecimento

Ana Sofia Campos, Marketing & Comunicação PwC Portugal 

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Hellen Costa Alves - serviço de hospitality

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Pessoas & Palavras e Maestro Delio Gonçalves,

Banda da Armada

Excellens Mare Awards - PwC - 2019

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Priscila Costa Alves - serviço de hospitality

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Helga Leal e Luis Peazê - Pessoas & Palavras

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